COMO EMOÇÕES AFETAM A SAÚDE MENTAL E DIGESTIVA - O ELO ENTRE O CÉREBRO E INTESTINO

 

O cérebro humano pode exercer um impacto profundo sobre o trato gastrointestinal, através de uma gama de neurotransmissores e hormônios.

Quem nunca sentiu aquele "frio na barriga" ao estar diante do grande amor de sua vida ou estar em aguardo de um resultado transformador ou ainda, sentiu náuseas após um longo período de estresse?

Pois bem, essa relação biodirecional de cérebro e instinto revela como emoções e distúrbios gastrointestinais podem se influenciar mutuamente, afetando significativamente a saúde de um modo geral nos indivíduos.

A razão se encontra nos nossos sistemas biológicos que podem se intercomunicar e influenciar. Sendo assim, o corpo inteiro está em sintonia.

Emoções intensas como raiva, ansiedade, tristeza e euforia desencadeiam respostas fisiológicas no intestino que vão causar desde a alteração na motilidade intestinal (funcionamento intestinal) até modificações na microbiota, que são organismos importantes para o bom desempenho intestinal, como algumas bactérias. 

Como por exemplo, o estresse emocional, pode induzir a produção excessiva de ácido gástrico  criando ou exarcebando condições como gastrite, úlceras pépticas, inflamações no esôfago, constipação ou diarreia e etc.

Estudos ainda apontam que a percepção da dor gastrointestinal pode ser ampliada em indivíduos que já possuem uma alta sensibilidade ao estresse. Isso se deve em parte, à forma de como o sistema nervoso central interpreta e processa sinais de dor.

Para tais pessoas, a dor abdominal pode parecer mais intensa e duradoura, haja vista ter sido exarcebada por respostas emocionais que ampliam o desconforto físico, contribuindo para um estado contínuo de estresse e mal estar e vice-versa, agravando a depender do caso, o quadro clínico, como inclusive da depressão e ansiedade.

Portanto, a complexidade de interação existente entre o eixo intestino e cérebro, requer cuidados não apenas alimentares e farmacológicos, mas,  indispensavelmente o psicoterapêutico e a TCC.

Por L.Rachel